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domingo, 3 de fevereiro de 2019

MANDALA – Nacional - 1987

SOM-DE-NOVELASCapa: Vera Fischer

Mandala
é o nome de uma telenovela brasileira produzida pela Rede Globo e exibida de 12 de outubro de 1987 a 14 de maio de 1988. Escrita por Dias Gomes e Marcílio Moraes e dirigida por Ricardo Waddington (que também foi seu diretor-geral) e José Carlos Pieri. É uma livre adaptação do texto clássico de Sófocles Édipo Rei. Mandala foi apresentada em 185 capítulos.

Foi uma novela polêmica que tratava de vários temas "complicados", como (incesto, misticismo, bissexualismo, repressão política, jogo clandestino, racismo, alcoolismo, drogas).

Dias Gomes escreveu Jocasta pensando em Dina Sfat para interpretá-la. A atriz não topou. Vera Fischer viveu a personagem. Dina, já debilitada pelo câncer, fez Bebê a Bordo, em 1988, vindo a falecer pouco tempo após o término da novela.

A interpretação memorável de Carlos Augusto Strazzer como o atormentado paranormal Argemiro e a engraçada criação de Nuno Leal Maia como Tony Carrado garantiram a audiência. Apaixonado por Jocasta, a quem chamava "minha deusa" e "minha flor", o bicheiro Tony Carrado fazia metáforas com o nome de seu advogado - Pinto - e soltava pérola atrás de pérola, como "Depois da tempestade vem a ambulância" e "Vê se tu vai decorar necrotério, que dá mais certo". Tony Carrado, fez tanto sucesso que foi lançado na época a coletânea musical As Preferidas de Tony Carrado, em vinil.

Carlos Augusto Strazzer já havia interpretado um paranormal antes: Daniel do Prado, o protagonista de O Profeta, telenovela exibida pela TV Tupi em 1977.

Primeira novela de Marcos Palmeira, Giulia Gam e Jandir Ferrari.

Dias Gomes escreveu só até o 35º capítulo, deixando o desenvolvimento a cargo de Marcílio Moraes. Lauro César Muniz ajudou a escrever os capítulos finais, mas não foi creditado por seu trabalho.

Paulo Gracindo, que na vida real era pai de Gracindo Júnior, interpretou o avô do personagem de seu filho.

Vera Fischer e Felipe Camargo viveram um romance dentro e fora da novela e acabaram se casando. A novela costuma ser bastante lembrada por esse fato.

Uma música da trilha sonora é inconfundível, um verdadeiro clássico da década de 1980: "O Amor e o Poder", na voz de Rosana, mais conhecida pelo seu refrão: "Como uma deusa…".

Última novela da atriz Célia Helena, que depois de seu término se afastaria definitivamente da televisão. Ela faleceu em 1997.

Lúcia Veríssimo fez de sua personagem Letícia, um grande sucesso. Tanto, que estampou a capa da revista Playboy, de abril de 1988.



MÚSICAS:

01. Mitos - César Camargo Mariano
02. Viagem Ao Fundo do Ego – Egotrip
03. Dou Não Dou – Djavan   
04. O Amor e o Poder (The Power Of Love)Rosana
05. Bobo da Corte – Alceu Valença    
06. Um Dia, Um Adeus – Guilherme Arantes
07. Meu Mestre Coração – Milton Nascimento   
08. A Paz – Zizi Possi   
09. Eu Já Tirei a Tua Roupa – Wando 
10. Personagem – Fafá de Belém   
11. Eu Quero o Absurdo - Tânia Alves   
12. Tempo de Don Don – Zeca Pagodinho   
13. Preconceito - Via Negromonte
14. Perdão - Areia Quente
15. Eu Já Sei - Garotos da Rua
16. Uma Mulher - César Camargo Mariano (part. esp. Léo Gandelman)



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